DIRETÓRIO CENTRAL DE ESTUDANTES CONVOCA:
GRUPO DE ESTUDOS MULTIDISCIPLINAR
PRIMEIRA REUNIÃO: 16/05/09 (sáb.) às 14:00 (sala B-212).
Para nosso primeiro contato, estaremos propondo o texto “Pequeno Manual do Anarquista Epistemológico” de Paulo dos Santos Terra. Com as sucessivas reuniões, estará em aberto as escolhas e propostas de textos, filmes, discussões... Todos podem e devem trazer elementos que tornem o grupo mais rico e plural.
Neste pequeno manual, o autor trabalha com as idéias do livro Contra o método de Feyerabend. Trata-se, na verdade, de uma apologia à discussão onde o lema é TUDO VALE - para avançar nossas reflexões e conhecimentos, é claro. Para o autor, e para o autor que o inspirou, a discussão deve sempre existir, estando ambas as partes em desacordo ou não. É extremamente válido para pensarmos a pluralidade de idéias e a abertura de visões no campo das ciências e idéias.
O texto estará disponível para cópia na xerocadora Authentic Cópias na pasta 143.
A PARTICIPAÇÃO É GRATUITA E GARANTE CERTIFICADO EXTRA-CURRICULAR.
Contato:
Ariel 8836-0499
Roberto Pocai 9934-4363
sexta-feira, 8 de maio de 2009
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3 comentários:
Quando serão convocadas as eleições? Se foi desconsiderem a mensagem.
Abaixo ao esterotipo estudantil anarquista
Sempre que se fala em movimento estudantil, na maioria dos casos o que brota a mente é um tipo de manifestação realizada por um punhado de estudantes em sua maioria de classe media - media/alta com camisas contendo frases energicas, nomes de bandas; com caras de rebeldes sem causa e cheios de pensamentos reacionarios, revolucionarios e quase semrpe: anarquistas.
Nao é sem razao que este modelo esteriótipo vem a mente, pois desde que a Terra de Santa Cruz desvencilhou-se da Ditadura qualquer coisa que cheire suposta liberdade é bem recebida. Na verdade a queda da ditadura foi em grande parte obtida graças a varios punhados de estudantes "reaccionários", neste caso porem com certa dose de significado.
Quarenta anos mais tarde esta velha imagem ainda é associada aos movimentos estudantis, só que desta vez com uma seria distorção de perspectiva por parte dos estudantes: nao posseuem razoes realmente sérias nem necessidade para se comportarem como anarquistas, mas parece que o amor a fama e a paixão juvenil os compele a rebeldia.
É preciso dicotomizar esta velha e depreciativa visão de que ser estudante com propósitos impele a ser anarquista.
O anarquismo em si mesmo é uma grande tolice. Nenhum movimento que opere sem leis tera efeito.
É uma utopia idealista. Esta longe de cogitação e o pior de tudo é que deixa milhares de estudantes sonhando acordados e tomando decisoes rudes e impulsivas por conta de uma teoria humana.
Um simples olhar ao redor nos diz quao sem efeito seria um mundo 100% anarquico: imagine que nao existissem leis. Objetos estariam voando pela ausencia da gravidade. Corpos estariam amontoados pela ausencia de leis quimicas. Os planetas nao raro estariam em perigo de colisão, e dai prosseguiriamos para uma serie de conclusoes tais como se realmente haveria vida em tais condições.
Logo, com um pouco de séria reflexão e humildade, se perceberia que a anarquia é na verdade uma grande ilusão.
Só existe liberdade se esta estiver regida por leis, pois as leis nao existem para ir contra esta liberdade, mas para orienta-la em seu sentido mais pleno.
Tudo é regido por Leis, e o mesmo deve se dar com o ser humano.
O que nós estudantes precisamos nao é uma perspectiva anarquista e revolucionaria, mas uma visao sábia, refletida e sincera. Embuida de bons sentimentos para com todos e embebedada em substanciosas porções de amor para com nosso semelhante. Mesmo que ele nao nos trate da mesma forma. Como diz o pensamento: "nunca espere o melhor, faça o melhor"
Este é o segredo de boas ações.
Rebeldia unicamente gera rebeldia assim como bondade gera bondade.
Por que nao experimentar esta ao invés daquela deta vez?
Creio que esteja na hora de repensarmos nossa cosmovisão.
OLá Bruno, sim as eleições já foram chamadas e ocorrerão dia 29 de outubro. Agora fica a cargo da comissão eleitoral formada pelo Paulo - DIREITO, Alana - HISTÓRIA e Natan - JORNALISMO.
Prezado Gustavo Emanoel, concordo que o movimento estudantil não deve precidir de rótulos ideólogicos, etc. Mas,
desculpe, acredito que existe um total equívoco de sua parte em ligar o grupo de estudos Multidisciplinar com o movimento estudantil.
Creio que nao entendeu bem a proposta que não é diretamente do movimento, mas uma proposta de discussão acadêmica em torno do ANARQUISMO EPISTEMOLÓGICO, e não do anarquismo enquanto teoria idealista ou de contestação da propriedade privada.
O anarquismo epistemológico, criado por P. Fayerabend, é uma literatura filosófica que precede sua máxima: TUDO VALE. Ou seja, perante todo um viés academicista de homogenização da teoria e da metologia de produção do conhecimento.
O AP prevê que quando outras teorias e metodologias são criadas e colocadas para entendimento da realidade, essas podem ser aceitas também. Não é a teoria mais antiga ou mais lida que deve prevalescer. Isso deve preceder do embate entre as diversas teorias, o anarquismo do AP se refere no caso a não propriedade dos intelectuais às teorias e a não propriedade dessas com relação a produção do conhecimento e com
relação a estrutura da UNIVERSIDADE.
A pertinência da discussão em torno do AP se coloca perante a burocracia da Universidade que toma como instrumento de posse a produção acadêmica. Delimitando bolsas de incentivo a pesquisa a apenas um certo tipo de produção prevista por tal teoria. Algo muito ocorrido nos corredores da UEPG.
Quanto a questão do movimento estudantil não ser utópico nem idealista, acredito que esse deve prosseguir naquilo que se convence. Um movimento criado dentro de lutas no cotidiano da sociedade.
É muito confortante dizer que não devemos ter utopias, quando na verdade nossos sonhos se baseiam em destruir os sonhos dos outros
"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".
Eduardo Galeano
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