quinta-feira, 27 de novembro de 2008

PELA MEIA-ENTRADA E CONTRA AS COTAS NOS EVENTOS CULTURAIS!


O DCE-UEPG historicamente reinvindicou direitos básicos dos estudantes como o acesso a diversão, arte e cultura sempre tentando manter contato com as entidades históricas (UNE, UPE) do movimento estudatil para afirmar uma luta conjunta e concreta . Nesse momento de rediscussão sobre a meia entrada a situação veio se polemizando com a proposta do Senador Eduardo Azeredo (PSDB) de colocar uma cota de 40% sobre a disponibilidade da meia entrada em eventos culturais e artísticos. Essa é uma atitude totalmente segregadora, além do que esse número pode baixar para 10%, 5% com o tempo.



Nosso posicionamento é contrário a essa medida que visa restringir os estudantes do acesso a arte e cultura, essa proposta é completamente elitista. Ela procura delimitar alguns espaços na sociedade para uma pequena margem da população além de procurar favorer apenas os tubarões dos eventos e promoter's da especulação sobre a cultura. O argumento deles, por intermédio de seus parlamentares, é de que é grande o número de carteirinhas falsificadas. Nossa pergunta é: isso é motivo para os estudantes e a juventude serem punidos severamente? Isso é argumento para que se haja uma competitividade nas filas de cinemas, teatros, etc para ver quem chega primeiro nos espetáculos? Para nós isso não é só uma medida que restringe a nossa participação em espetáculos, mas também joga estudante contra estudante, jovem contra jovem.



Primeiro eles tentam acabar com a meia entrada nos fins de semana, depois tentam enxugar nossos direitos, a quem eles estão servindo e com qual propósito?



O que percebemos na trajetória do movimento estudantil é que ao mesmo tempo que os estudantes reivindicavam direitos básicos na sociedade e esperavam dessa um reconhecimento, sempre existiram agentes especuladores buscavam intervir de forma a brecar nossas conquistas. Desde a década de 1940 a UNE (União Nacional de Estudantes) passou a confeccionar carteirinhas de identificação estudantil, possibilitando aos estudantes a meia entrada.


Um pouco das nossas lutas

Após o golpe militar, com o fechamento das entidades estudantis, deu-se início ao processo de descaracterização da meia-entrada. As carteirinhas, antes emitidas pela UNE e pela UBES, passaram a ser livremente produzidas pelas próprias escolas e cursinhos.



No final da década de 70 e início da década de 80, era comum encontrar camelôs vendendo, em praça pública, identidades estudantis falsas e sem legitimidade. Com a reconstrução das entidades estudantis, o benefício da meia-entrada foi reestruturado com Leis Estaduais por todo país.



As carteiras passaram a ser emitidas com maior segurança e mais benefícios pela UNE e a UBES.Infelizmente, durante o governo FHC, a Medida Provisória (MP) 2.208/01 derrubou essas conquistas, permitindo qualquer escola, curso, agremiação ou entidade estudantil produzir a carteira, sem nenhum parâmetro ou fiscalização. Dessa forma, multiplicaram-se as "empresas de carteirinha", com claros objetivos financeiros, sem nenhum compromisso com a credibilidade da identificação estudantil. A meia-entrada começou a ser desvirtuada por produtores de eventos culturais mal intencionados, que buscam de todas as formas desacreditá-la ou mesmo tirar proveito para aumentar o preço dos ingressos. Em todos estados, através das entidades estudantis estaduais e municipais, a UNE e a UBES continuam defendendo a institucionalização da meia-entrada e a seriedade na emissão do documento estudantil.


*Este ano o VI CONGRESSO DOS ESTUDANTES chamado pelo DCE, tirou como resolução de reformular a carteirinha de identidade estudantil do DCE afim de trazer a tona a discussão sobre as conquistas dos estudantes. A partir do ano que vem teremos cerca de 200 convênios de desconto no comércio da região, isso vai entusiasmar os estudantes a comprar uma carteirinha legítima que forneça a eles sua identidade enquanto o que são e, sobretudo, valorizar suas conquistas.

2 comentários:

Anônimo disse...

Esses políticos deviam se preocupar em melhorar as condições das universidades públicas ao invéz de tentar tirar direitos nossos que só fazem com que nossa formaçao intelectual e pessoal cresça, eles nao fazem nada pra ajudar depois ficam criticando a juventude que parece" desinteressada com tudo.

Anônimo disse...

Concordo Jéssica.
A quem eles estão servindo?

aliás, a pergunta não é nem essa.
A QUEM NÓS ESTAMOS SERVINDO???