quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Prestação de Contas Gestão DCE É PRA LUTAR! (2008/2009)


Muito além de um documento burocrático, esse se apresenta como um entendimento do papel do movimento estudantil na Universidade na atualidade. E muito além de discursar sobre projetos de Reforma Universitária, esse documento se publica pautado na discussão com os estudantes, com a base desse movimento e o seu cotidiano.

Assumimos o DCE com o compromisso de lutar por antigas bandeiras, por uma Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade. Esses estudantes pareciam vítimas da claustrofobia das paredes gélidas da Universidade. Até o dia 1o. De Setembro, quando a burocracia de setores dessa instituição se defrontou com uma manifestação no popular “Cafofo” organizada pelos alunos de ARTES e que cobrava melhores condições de ensino e estrutura. Para a surpresa daqueles que acreditavam que o movimento estudantil estava derrotado, foi audível pelos corredores a UEPG: “NAS RUAS, NAS PRAÇAS, QUEM DISSE QUE NÃO VIU: AQUI ESTÁ PRESENTE O MOVIMENTO ESTUDANTIL!”.

Essa não é única percepção que podemos ter desse movimento, muito além, ele se reflete em melhores condições para o curso hoje e para diversos outros cursos que contaram com o apoio do DCE para reestruturar seus Centros Acadêmicos (respectivamente Artes, Enfermagem, História, Geografia, Educação Física, Odontologia, Comércio Exterior, entre outros).

A questão do Transporte Coletivo passou por duas vezes pelo Diretório. Numa delas, o DCE apoiou a garantia do emprego para os funcionários da VCG, mostrando que o enfrentamento dos estudantes além de questionar o descaso do poder público revestido na simbiose de alguns vereadores com os interesses escusos e desumanos por parte dessa empresa, também corroborou no apoio desses a causa da classe trabalhadora que trabalha em prol do transporte.

Um palco de discussões estava montado. No fervor das lutas estudantis é convocado o VI CONGRESSO DE ESTUDANTES, que contou com a participação de estudantes de vários cursos e a inscrição de diversas teses. Obtivemos o prazer de lançar a campanha “O PRÉ-SAL É NOSSO!” que até hoje cobra que os recursos do petróleo sejam revertidos para a população.

Isso sem falar nas diversas outras campanhas puxadas pelo DCE. Na confecção das carteirinhas do DCE - em defesa da Meia-Entrada; na divulgação do CINE ARTE – pela valorização e difusão do Cinema Brasileiro; na proposta do projeto Memória DCE – reconstruindo a História do Movimento Estudantil na UEPG; na retomada da reforma da sede física do DCE, a “casinha” – ainda não concluída; no cumprimento de nossa prerrogativa de independência financeira e política – com a venda de bottons, adesivos, canecas do RU, funcionamento do Bazar e ainda na reabertura do processo de pagamento do IPTU da casinha que renegociou uma dívida de mais de R$ 14.000 para R$ 4.156 com a Prefeitura.

Nesse processo é claro que se assume também um processo de auto-crítica, porém, acreditamos que isso se coloca muito mais no sentido de falta de diálogo entre nós estudantes. Pois antes de parte desses serem base ou direção, reconhecemos que houve perda com a desmobilização do movimento em diversos momentos. No ano de 2009, o DCE-UEPG estabeleceu um diálogo intenso com a UNIÃO NACIONAL DE ESTUDANTES (UNE) e a UNIÃO PARANAENSE DE ESTUDANTES (UPE) por meio de eventos organizados pelas entidades, entretanto, ainda faltou um diálogo intenso com os estudantes sobre a importância na participação de congressos e conselhos.

Antes de culpar membros que se comprometeram com o DCE e não cumpriram suas funções, essa carta não se apresenta como um pedido de absolvição aos estudantes. Como já visto em diversos outros momentos, a própria História se encarregará dessa tarefa. Ela se ocupa de discorrer e de ser discutida entre os corredores da UEPG. Pois é somente na discussão que podemos contribuir com o DCE.

O DCE É PRA LUTAR!

BOA GESTÃO A PRÓXIMA DIRETORIA

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